segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Fóssil vivo



"Fóssil vivo" é um termo informal, frequentemente utilizado em textos não científicos (de divulgação) e em manuais escolares, para designar organismos pertencentes a grupos biológicos actuais que são os únicos representantes de grupos que foram bem mais abundantes e diversificados no passado geológico da Terra. Por essa mesma razão, os organismos apelidados de "fósseis vivos" apresentam, frequentemente, aspectos morfológicos muito similares aos dos seus parentes mais antigos preservados sob a forma de fósseis no registo geológico.
Os "fósseis vivos" não são "espécies" que não evoluiram, não são organismos "parados no tempo". São organismos distintos dos do passado, pertencendo a espécies distintas das representadas no registo fóssil, mas com as quais são directamente aparentados e, portanto, morfologicamente muito similares.
Um exemplo típico de "fóssil vivo" são os peixes da espécie actual Latimeria chalumnae. Até à descoberta destes peixes nos mares do Oceano Índico, em 1938, os
Coelacanthiformes(grupo biológico a que Latimeria chalumnae pertence) só eram conhecidos do registo fóssil.
Outro exemplo famoso é o das árvores da espécie
Ginkgo biloba que não têm parentes próximos entre as plantas da actualidade, mas que pertencem a um grupo biológico (as Ginkgoales) que foi muito abundante e diversificado desde o Pérmico ao Paleocénico.
Outros organismos frequentemente apelidados de "fósseis vivos" são, por exemplo, os organismos das espécies Ennucula superba,
Lingula anatina, um braquiópode inarticulado, o tuatara, o caranguejo-ferradura Limulus polyphemus e os organismos do género Nautilus.

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