terça-feira, 8 de dezembro de 2009

LEIRIA



Fósseis da Guimarota:O retorno de um tesouro a Portugal

A antiga mina de lenhite da Guimarota (Leiria), aberta em níveis do Jurássico Superior (Kimeridgiano) com cerca de 150 milhões de anos, é hoje considerada um local de importância paleontológica ímpar a nível mundial. Naquela jazida foram encontrados, em excelente estado de conservação, numerosos fósseis de mamíferos primitivos de que, até então, muito poucos se tinham encontrado em bom estado. Juntamente com estes exemplares foi colhido um vasto conjunto de fósseis de outros organismos:plantas, microfósseis, moluscos, peixes, batráquios, répteis, entre os quais dinossauros, tartarugas, crocodilos, pterosauros e ainda aves, o que permitiu, também, a reconstituição do ambiente em que estes seres viviam.

Esta jazida começou a ser estudada sistematicamente a partir de 1960, pelo Prof. W. G. Kühne e seus alunos, da Universidade Livre de Berlim. Com o posterior fecho da mina, só foi possível retomar os trabalhos em 1972, financiados pelo Governo Alemão e que consistiram na reabertura da exploração mineira, agora com fins exclusivamente paleontológicos, a qual durou até 1982.

Nesta investigação participaram diversos cientistas alemães daquela Universidade, podendo citar-se, os nomes de S. Henkel, G. Krusat, F. F. Helmdach, B. Krebs, T. Martin, entre muitos outros. São mais de uma centena os artigos científicos publicados até hoje sobre esse material.

Os então Serviços Geológicos de Portugal sempre apoiaram os trabalhos da equipa alemã tendo com ela acordado que o material, após estudado, regressaria ao Museu Geológico.


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